Aproveitámos um fim de semana prolongado para descansar e celebrar os anos da Joana. Em Xai-Xai (cidade mais próxima de Manjacaze e capital da província de Gaza) apanhámos o autocarro que nos levou até Vilanculos. 1000 meticais por pessoa (cerca de 15 euros) a viagem de 6 horas num machibombo à pinha que rola a 150 km/h pela estrada nacional mais movimentada do país. Viajar nos transportes locais é uma forma de viver de perto a cultura Moçambicana.
Saímos vivos em Pambarra, a paragem mais próxima de Vilanculos, junto à mítica estrada nacional 1 que liga o país de norte a sul. O Sr. Borges, português que trabalha no sector de turismo da zona e nos foi referenciado, guiou-nos até ao alojamento que tínhamos reservado para 4 noites. Palmeiras Lodge. Assim uma opção intermédia entre um hostel de backpackers e um hotel melhorzinho. Bom preço-qualidade.
Há cerca de 150 opções de hospedagem em Vilanculos. Em preços e estilos de turismo, há um pouco de tudo. Neste ponto não vos falamos do Arquipélago de Bazaruto precisamente porque não há palavras de aconselhamento possíveis. Nas ilhas as opções que existem (duas ou três) são resorts de luxo com preço acima dos 1000 euros a noite. Portanto, para uma carteira normal, o melhor é ficar hospedado em Vilanculos, em frente às ilhas.


Vilanculos é uma costa lindíssima. Para além de uma vila pequena com mercado tradicional e uma economia local verdadeiramente concentrada no turismo, encontram-se algumas construções do tempo colonial de destaque como o Hotel Dona Ana. Este hotel foi construído pelo falecido Joaquim Alves, célebre empresário Português da década de 60 e de quem muitos Moçambicanos da província de Inhambane conhecem o nome, feitos e ex-propriedades edificadas em homenagem à sua amada e mulher Moçambicana, Dona Ana. Uma história de vida interessante que vale a pena os curiosos explorarem e analisarem como personifica o regime colonial português em Moçambique com tudo o que ele teve de manifestamente bom e de obviamente mau.

Sugestão de Programas em Vilanculos:
- Kayak ao longo da Praia de Vilanculos (a zona Norte é francamente melhor);
- Passeio pelo centro da vila passando pelo Mercado Municipal;
- Pôr do Sol nas Dunas Vermelhas.




Sugestão de Restaurantes em Vilanculos:
- Pizzaria Casa Jules;
- Samara (ótimo camarão tigre a um preço acessível);
- Frutos do Mar;
- Baobab Backpackers (ambiente descontraído e internacional com comida boa e barata).
Finalmente, queremos escrever-vos acerca da pérola deste post que é por sinal a Pérola do Índico. Bazaruto. O arquipélago é composto pelas ilhas Bazaruto, Benguerra, Magaruque, Santa Carolina e Bangue.


Vamos colocar as coisas assim: Bazaruto é o lugar mais belo que já vimos. O turquesa absurdo da água que é um autêntico espelho. A areia fina e branca que parece farinha. Os bancos de areia na maré vazia a formar pequenas lagoas em meia-lua. As altas dunas de onde se capta a ilha em toda a volta. A vegetação tropical verde que se intromete entre oceano e ilha. Tudo isto é Bazaruto, e as palavras serão sempre pobres para descrever este lugar imaculado.




Cada ilha tem o seu carácter e feitio, o seu vento e duna própria, plantados na linha de um recife de coral onde habitam peixes coloridos, floresta marinha, dugongos e tartarugas.


O nosso programa de 1 dia em Bazaruto:
- Barco até à Ilha de Bazaruto: tempo livre para explorar, Snorkeling no 2-mile reef, almoço servido na ilha (peixe grelhado e caranguejo confecionado no momento para comer sentado na areia);
- Barco até à Ilha de Benguerra: tempo livre para explorar.
Reservámos o passeio com a Dolphin Dhow Safaris. Apesar de o barco ir demasiado rápido para a ondulação, o dia foi maravilhoso e valeu os 75 euros por pessoa que pagámos.

Bazaruto ainda é um paraíso escondido, que agora já sabes que existe. Depois não digas que não foste avisado.